Brasil pode aumentar a exportação de castanha ao sudeste asiático 

Dentre as oito castanhas e nozes mais consumidas no mundo, quatro delas são brasileiras

27/02/2023 às 21:00 atualizado por Elaine Silva - SBA | Siga-nos no Google News
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As exportações de castanhas brasileiras para países do sudeste asiático podem aumentar, de acordo com um estudo inédito elaborado pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

Dentre as oito castanhas e nozes mais consumidas no mundo, quatro delas estão presentes no Brasil: castanha de caju, castanha do Pará, noz-pecã e macadâmia. Segundo dados da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), em 2021, o Brasil produziu 111 mil toneladas de castanha de caju. A produção está concentrada na região Nordeste.

De acordo com a Confederação, o estudo “Análise de Oportunidades de Mercado: Sudeste Asiático Exploração do Mercado de Castanhas” considerou Índia, Vietnã, Tailândia, Malásia e Singapura como os mercados mais relevantes da região.

O coordenador de Inteligência Comercial da CNA, Felipe Spaniol, afirmou que o estudo apontou a Índia e o Vietnã como destinos mais atraentes para as castanhas e nozes brasileiras, diante do aumento da dependência das importações, das boas perspectivas de expansão com uma população crescente e a busca por um estilo de vida mais saudável.

O estudo da Confederação afirma que o país está focado no processamento de alimentos, explicando assim os elevados volumes de importação ao longo dos anos. A Tailândia se caracteriza por ser um importador e exportador de castanhas, ou seja, o país importa para reexportar a nível mundial. Portanto, o mercado se apresenta como uma oportunidade para o Brasil.

Veja os mercados mais relevantes: 

Índia – O estudo da CNA aponta a Índia como o terceiro maior produtor de castanhas do mundo, mas também um importador líquido. Em 2020, produziu 197 mil toneladas, importou 998 mil e consumiu 1 milhão de toneladas. Castanha de caju com casca é o principal produto consumido.

Vietnã – Nos últimos anos, os níveis de consumo do Vietnã ultrapassaram os de produção, aumentando assim a sua dependência das importações de castanhas. Em 2020, o Vietnã importou 1,2 milhão de toneladas de nozes para atender o seu consumo doméstico. A produção totalizou 85 mil toneladas e o consumo 904 mil toneladas.

Tailândia – Apesar dos níveis de consumo limitados, a Tailândia continua a ser um importador significativo de castanhas, justamente por ser um hub de processamento de castanhas no sudeste asiático. Em 2020, as importações cresceram 46,34% em relação ao ano anterior.

Malásia e Singapura – O estudo da CNA revela que na Malásia os níveis de produção e consumo entre os anos de 2017 e 2020 permaneceram estagnados. O consumo é assegurado pela produção local, o que faz com que o país não seja considerado uma oportunidade para as exportações de castanhas brasileiras.

Já Singapura depende das importações de castanhas para suprir sua demanda interna, mas os volumes negociados pelo país, em comparação a outros na mesma região, não justificam colocá-lo em posição de destaque como grande oportunidade.

Com informações da CNA 
Foto: Pixaby
 


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